domingo, 13 de novembro de 2011

O que é o pequi ?

 
O pequi ou Caryocar brasiliense; Caryocaraceae (nome científico) é uma fruta aromática de sabor adocicado. O cheiro do pequi é frutado, perfumado e ácido, alguns acham que lembra o maracujá, outros ao cajá. Embora tenhamos pesquisado o motivo pelo qual o pequi tem um aroma forte, não encontramos nenhuma informação a respeito. O pequi tem forma arredondada, casca esverdeada, como um abacate pequeno, só que mais rechonchudo. O pequi é do tamanho de uma pequena laranja.
Sua polpa tem coloração amarela intensa, lembrando a cor da gema do ovo, que envolve uma semente dura, formada por grande quantidade de pequenos espinhos.
Os espinhos são avermelhados, e se confundem com a cor da pele, principalmente da língua.  O pequi pode ter de 1 a 4 caroços, mas cada polpa tem apenas 1 caroço. O fruto alcança até 14 centímetros de comprimento por 20 centímetros de diâmetro, podendo pesar 300 gramas.
A árvore que dá o pequi se chama pequizeiro, este geralmente chega a 10 metros de altura, seu tronco com ramos grossos, comumente tortuosos, de casca áspera e rugosa de cor castanha acinzentada.
As folhas do pequizeiro são pilosas, recobertas com pelos curtos, compostas, formadas por três folíolos com as bordas recortadas, tendo as nervuras bem marcadas. Ricas em tanino (Substância encontrada em vários organismos vegetais (casca do carvalho, do castanheiro, noz-de-galha etc.), que torna as peles imputrescíveis, sendo, por isso, usada em curtume. Os taninos também fornecem tintas. São empregados em medicina como adstringentes tônicos.), suas folhas provêem substância tintorial, usadas pelas tecelãs.
 
As flores do pequizeiro são grandes, branco-amareladas com muitos estames, vistosas e bastante decorativas. As flores medem até 8 cm de diâmetro e são hermafroditas.
Embora na região em que vivemos, ou seja, no Rio de Janeiro muitos não conheçam essa fruta, o pequizeiro é uma árvore protegida por lei (Portaria no. 54 de 03.03.87_IBDF-) que impede seu corte e comercialização em todo o território nacional. O governo mineiro até mesmo criou a Lei 13.965 que estabeleceu o Programa Mineiro de Incentivo ao Cultivo, Consumo, à Comercialização e à Transformação do Pequi e Demais Frutos de Produtos Nativos do Cerrado, ou programa Pró-Pequi.


pt.wikipedia.org/wiki/Pequi
www.arara.fr/BBPEQUI.html


Qual a origem?


O Pequi  é uma árvore nativa do cerrado brasileiro, cujo fruto, embora muito utilizado na cozinha nordestina, em Goiás , Mato Grosso e norte de Minas Gerais, é considerado tipicamente goiano.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pequi


Pesquisas

O Pequi também ameniza o tratamento de câncer

Pesquisadores da UnB (Universida de Brasília) mostram que o fruto ameniza ação degenerativa de drogas do tratamento da doença Há quem não goste, mas quem não dispensa o pequi, um dos mais tradicionais ingredientes da culinária goiana, tem agora mais motivos ainda para consumi-lo. O fruto típico do Cerrado tem propriedades que o indicam como coadjuvante eficiente no tratamento de câncer e, ainda, para o retardamento da velhice. Os dados foram levantados em pesquisa coordenada pelo professor César Koppe Grisólia, do Laboratório de Genética do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB). A pesquisa concluiu que o pequi é capaz de proteger as células dos efeitos colaterais das drogas usadas no tratamento de câncer, que costumam ser muito violentos. Os testes realizados em camundongos submetidos a uma combinação de substâncias como ciclofosfamida e blomicina, usadas no tratamento de pacientes com câncer, revelaram que o pequi exerceu efeito protetor contra os danos causados às células pela combinação das drogas. “Verificamos que o pequi amenizou a ação degenerativa das substâncias”, informou Grisólia, que ministrou o extrato do fruto uma vez ao dia às cobaias. A ideia de investigar as propriedades do pequi veio com a descoberta de que ele era rico em vitaminas A, C e E. Outro benefício do consumo do fruto detectado pelos pesquisadores é que ele retarda a ação dos chamados radicais livres, moléculas que se formam no organismo humano e provocam reação danosa às células. Essas substâncias podem levar à formação de tumores, ao surgimento de doenças cardiovasculares e ao envelhecimento. Grisólia afirma que essa pesquisa é a primeira de uma série que ainda está por vir. “Ainda não foram feitos estudos em humanos e não sabemos qual o índice da proteção”, explica o professor. Ele salienta que o maior mérito da pesquisa é chamar a atenção para a necessidade de preservação do Cerrado, que está sendo destruído pela expansão da fronteira agrícola e, no caso do pequi, para o aproveitamento de sua madeira pela indústria carvoeira. “O pequi em pé é mais importante do que transformado em carvão”, ressalta Grisólia. O professor diz ainda que é provável que outras frutos do Cerrado, de cor amarela e também ricos em caroteno, tenham o mesmo potencial.

www.arara.fr/BBPEQUI

Curiosidades


  • Para cura de asma, bronquite, coqueluche:
Do óleo da semente do Pequi pingar 3-5 gotas na comida 2x ao dia.

  • Para curar resfriado, asma e bronquite: 
Deixar ferver de 15-20 caroços de Pequi, escorrer a água até os caroços secarem. Colocar em um frasco de vidro e completar com óleo vegetal previamente esquentado. Utilizar o óleo 2x ao dia nas principais refeições ou dissolver 1 colher de café do óleo de Pequi em 1 colher de café de mel e tomar 2x ao dia.

  • Na língua indígena, pequi significa “casca espinhosa”. Em outras regiões do Brasil é conhecido como piqui, piquiá, pequerim, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, suarí.

Qual sua importância?


Entrevista com Rosângela Cristina, moradora de Barra do Garças/MT, cidade próxima da fronteira entre os estados de Mato Grosso e Goiás, situada às margens do Rio Araguaia.

Blog Pequibrasil: Rosângela, gostaria que você escrevesse qual é a expectativa do pessoal aí pela chegada do tempo do pequi.

Pensamos em pequi quando começam as primeiras chuvas. Geralmente, a partir de setembro. O certo mesmo é coletar apenas os frutos que já estão no chão. Jamais arrancá-los da árvores ou cutucar com varas para que caiam. Então, quando o pequi surge, sabemos que estamos na primavera, que o final do ano está se aproximando e que mais um Natal está chegando com aquela aroma característico no ar. Estou poetizando um pouco, é claro. Há quem simplesmente não suporte o cheiro, quem prefira ficar bem longe do alimento, quem fique até de mau humor. No geral, uma boa maioria sabe que é o momento de aumentar um pouco da renda familiar (infelizmente, há quem pratique a exploração também) e espera com ansiedade esse jeito peculiar de se arranjar um décimo terceiro salário extra.

Blog Pequibrasil: Pode-se dizer que o pequi está relacionado com a identidade do povo daí?

Eu não sei lhe responder se o pequi está diretamente relacionado com a identidade dos barragarcenses. Somos um município de fronteira, mais goianos do que matogrossenses. A influência de Goiás é imensa, em quase todos os nossos aspectos culturais. Refletindo sobre sua pergunta, nem sei se temos uma identidade própria matogrossense (exagerei um pouquinho, claro). Na verdade, o pequi faz parte da cultura de nossa Capital (Cuiabá), especialmente da culinária específica cuiabana. Contudo, a Capital do Pequi para nós é Goiânia (Goiás). Assim, a identificação que temos com esse fruto vem da parte de Goiás. A maioria dos frutos que são comercializados aqui provêm desse Estado (e alguns nos chegam de Minas Gerais). Dá para entender, então, que o pessoal sabe onde vender o pequi. O arroz com pequi e guariroba (eu tinha me esquecido dessa mistura) é de influência goiana e por aí vai. É um fruto de nosso cerrado (do pouco cerrado que ainda temos). Ainda se pode catar frutos nos pequizeiros existentes na região da serra. Nesta época do ano, a cidade é o puro pequi, de diversos tamanhos e formas. E com o aroma característico de sempre... Porém, apesar disso, acho que não temos a foto do pequi estampada em nossas faces durante o ano todo. Só nesta época.

Blog Pequibrasil: O pequi pode ser considerado um produto para industrialização?

Sim, o pequi pode ser um produto considerado para industrialização, entendendo que dele se aproveita praticamente tudo. Faz-se conservas, aproveita-se o óleo, a castanha. De alimentação a produtos cosméticos, ração animal, tinturas e corantes. Em nossa região não há industrialização desse fruto, o que há é uma forma extrativista de cultivo e coleta. O mais comum aqui em Barra do Garças e adjacências é consumir o fruto in natura que, geralmente, é vendido nas esquinas das ruas, em algumas pequenas mercearias, nas feiras locais e até na beira de estradas. Valcy, meu marido, me informou que existe uma "vigilância sanitária" (incipiente) no sentido de que haja sempre um mínimo de higienização durante essas vendas e alguns outros cuidados durante a comercialização do produto. Uma espécie de termo de ajuste de conduta entre quem vende e a vigilância municipal de saúde. De qualquer forma, quem leva o produto para casa, sabe que tem de fazer uma boa higienização antes de consumi-lo. Como acontece com qualquer outro alimento que compramos expostos em feiras. Penso que, para nós aqui da região, é tão comum comer pequi, como quem cata uma laranja do pé e simplesmente chupa, que não ligamos ainda para as minúcias todas de vigilância sanitária. De qualquer forma, como só encontramos o pequi nesta época do ano, as conservas vendidas nos supermercados (e estas já são industrializadas e, geralmente, chegam de Goiás) são um jeito de saborearmos o fruto em outros meses. Mas, o gostoso mesmo é saborear uma bom almoço de Natal com aquele arroz ou frango regados a alguns caroços de pequi.

Blog Pequibrasil: O que significa o pequi para o povo do cerrado?

Realmente, o que sei do pequi para o povo do cerrado é apenas o que costumo consumir em minha residência. Como eu já lhe respondi nas perguntas posteriores a esta, desconheço um trabalho mais industrializado na região com o pequi. Sei tão somente dos frutos comercializados em feiras e ruas e da sorveteria que trabalha especialmente com sabores do cerrado. Penso que a importância do pequi para toda nossa região goiano-matogrossense é o fato de que enquanto tivermos pequi significa que ainda temos uma parte preciosa do nosso cerrado. Ainda que haja pequenas (ou até grandes) plantações, para que se garanta a comercialização dos frutos nesta época, vale pensar, então, que nem tudo já virou pasto para boi ou verde de plantação de soja. Tenho sempre a sensação de que em Goiás, lugar onde as cidadezinhas ocorrem uma após a outra, o pequi tem mais identidade com o povo. É chamado de carne dos pobres e ouro do cerrado, mas por enquanto, ainda é mais uma árvore que pode ser queimada e derrubada a qualquer instante para a exploração agropecuária. Conheço, via internet, alguns projetos e estudos sobre o pequi, até para inclusão na alimentação escolar de nossa região. Projetos de reflorestamento com pequizeiros. Parece-me que há estudos até na Universidade de Brasília sobre possíveis efeitos terapêuticos do fruto na cura de câncer... Sabe aquela história que, de repente, temos de salvar uma espécie?!? Meus conhecimentos param aí, por enquanto. Para mim, o significado desse fruto é quase como o significado do doce de manga (que eu amo). Tem gosto de infância, de liberdade, coisa boa... Olha só, acabei de saber que há uma fazenda em Canarana-MT (aproximadamente cinco mil pés), que já trabalha com um pequi sem espinhos e que há outras pesquisas sendo feitas sobre o fruto. E que já há outros municípios de nossa região matogrossense que também estão investindo nas plantações e no cultivo do pequi. Quanto à Serra Azul, como ela é área de Parque Estadual, os pequizeiros dessa área estão protegidos e garantindo a perpetuação da espécie. Isso é bom, ajuda a manter nossas cachoeiras em dia. E a vegetação também.

Blog Pequibrasil: Existem outras formas de se saborear o pequi além do tradicional “Arroz com pequi”?

Eu não sou a melhor cozinheira da região para lhe falar de múltiplas iguarias feitas com pequi. Mas sei que há muita coisa gostosa que pode ser feita com ele. Aqui na cidade, temos uma sorveteria que trabalha com sabores típicos do cerrado. Picolés e sorvetes. Claro que o pequi entra. Porém, de novo, vem de Goiás. Não é feito aqui. Em nossa culinária local, o famoso mesmo fica por conta do arroz com pequi, o frango caipira com pequi, a pequizada (frutos cozidos em água e sal) ou a utilização da polpa do pequi como tempero em carnes e outros alimentos. Eu mesma amo preparar um franguinho ensopado com quiabo e acrescentar um pouquinho de pequi (ou alguns caroços) só para dar aquele gostinho especial. Mas, na região de chácaras e fazendas, o pessoal gosta de saborear um licorzinho, comê-lo com açúcar, preparar como doce (eu não sei fazer e nem sei como fica... minha idéia é o pequi salgado e não doce). E há quem faça curtir uns caroços dentro de uma cachacinha que é para dar aquela força afrosidíaca nos relacionamentos amorosos (só duas colherinhas por dia, viu!).

Rosângela Cristina é professora, pedagoga e trabalha na Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso.

Quais nutrientes podemos encontrar no pequi?

Aquele pequeno fruto de cor amarela o Pequi. Também é rico em vitaminas A, C e E, em Sais minerais (fósforo, potássio e magnésio) e em carotenóides – que evitam a formação de radicais livres no corpo e previnem tumores e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Sua polpa contém uma boa quantidade de óleo comestível, 1 unidade possui 40 calorias.

Vitamina A- Mantém a visão normal, combate a vista cansada e a cegueira noturna. Contribui para o bom funcionamento do sistema imunológico, ao oferecer resistência as infecções respiratórias e ajuda no tratamento de problemas visuais.

Vitamina C- Melhora a cicatrização de feridas e atua sobre os estados alérgicos Segundo alguns estudos contribui para prevenir o risco aumentado de displasia e de câncer do colo do útero assim como de câncer de mama.

Vitamina E- Evita cãibras noturnas, a síndrome das pernas inquietas e a distrofia muscular. Melhora a saúde da mulher na pós – menopausa ao contribuir para diminuir o risco de doenças do coração.

O pequi também ameniza o tratamento de câncer. Pesquisadores da UNB (Universidade de Brasília) mostram que o fruto ameniza ação degenerativa de drogas do tratamento da doença.

Esses compostos demonstram que o pequi consumido de forma moderada poderá trazer amplos benefícios para a saúde humana, tendo em vista que tradicionalmente a dieta alimentar do brasileiro é pobre em fibras, vitaminas e sais minerais, além do que os carotenóides, atuam como precursores da vitamina A, ajudando diretamente no combate aos radicais livres formados no interior do organismo; esses radicais livres quando em excesso podem lesar várias moléculas, como proteínas ácidos graxos insaturados dos fosfolipídios de membranas, carboidratos e DNA, estando relacionados com o surgimento e/ou desenvolvimento de uma série de doenças crônicas não transmissíveis, como aterosclerose, diabetes, doenças de visão, câncer, mal de Alzheimer dentre outras.

Quantidade
100 gramas
Água (%)
65,9
Calorias (Kcal)
205
Proteína (g)
2,3
Carboidratos(g)
13
Fibra Alimentar (g)
19
Colesterol (mg)
n/a
Lipídios (g)
18
Ácido Graxo Saturado (g)
n/a
Ácido Graxo Mono insaturado (g)
n/a
Ácido Graxo Poli insaturado (g)
n/a
Cálcio (mg)
32
Fósforo (mg)
34
Ferro (mg)
0,3
Potássio (mg)
298
Sódio (mg)
Traços
Vitamina B1 (mg)
0,17
Vitamina b2 (mg)
0,48
Vitamina B6 (mg)
0,06
Vitamina B3 (mg)
2,57
Vitamina C (mg)
8,3


www.saudeemmovimento.com.br

Uso culinário

É PRECISO CUIDADO AO COMER O PEQUI!


O caroço do pequi é dotado de muitos espinhos, e por isso é necessário muito cuidado ao ingeri-lo. O fruto deve ser roído e é importante evitar cravar os dentes nele, pois este pode ocasionar  sérios ferimentos nas gengivas.

Ciclo produtivo

A floração ocorre de agosto a novembro (chuvas) com pico em setembro, mas ocasionalmente em outras épocas após as chuvas ou roçados. A frutificação ocorre de novembro a fevereiro.
Em cerrados, normalmente roçados para facilitar a pastagem do gado, encontram-se exemplares pequenos, com 1 metro de altura, carregados de flores em épocas fora do tempo normal de floração, quando há veranicos, no período de janeiro.

www.radiobras.gov.br

Regiões encontradas

O pequi é tipicamente goiano, mas ele também pode ser encontrado em todos os estados da Região Centro-Oeste, em Rondônia, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará, São Paulo e Paraná.
Há quem pense que o pequi é uma iguaria apenas brasileira, mas na verdade ele também pode ser encontrado na Bolívia. 
O pequi é tão apreciado que no estado do Tocantins há uma cidade com o nome de Pequizeiro em homenagem à árvore, onde se celebra a festa do pequi todos os anos.

pt.wikipedia.org/wiki/Pequi